terça-feira, 14 de agosto de 2012

Vôlei de ouro

"A derrota da seleção masculina do vôlei, neste domingo 12, foi um dos mais amargos reveses que já assisti em Olimpíadas. Quem acompanhou as partidas contra a Argentina e a Itália sabe o quanto o time de Bernardinho merecia a vitória, principalmente por causa dos desfalques de Vissotto e Dante, na última hora, e das recuperações incompletas de Giba e Ricardinho. Wallace e Bruninho caminhavam a passos largos para se tornarem os grande heróis da conquista: chamados na hora certa, davam conta do recado e brilhavam como nunca. Faltou, literalmente, combinar com os russos – que no terceiro set mudaram a estratégia, atuaram como kamikazes e deram o chamado nó tático que determinou o destino da competição: 3 a 2 de virada quando o Brasil tinha três pontos na frente para matar o jogo no terceiro set… Não tenho dúvidas de que os jogadores de vôlei mastigariam a rede para ficar com o ouro. No futebol, mal sujariam os calções…Foto: AFP O Brasil, como na véspera havia acontecido no futebol, perdia um ouro praticamente certo. E este é o único ponto em comum entre as duas derrotas. Para a seleção de vôlei, aquele era realmente o jogo da vida. O último do vitorioso Serginho, que há pelo menos uma década tem dado o sangue e a vida para a equipe. Quem viu a explosão dos atletas – os olhos arregalados a cada ponto conquistado, a seriedade na hora da orientação tática, a concentração e o choro no apito final – testemunhou o golpe num time que estava vivo, vacilante mas vibrante, que acabava de tomar uma entortada do destino. Essas são as derrotas mais doídas que se pode sofrer." CartaCapital Sociedade Matheus Pichonelli Olimpíadas 2012

Nenhum comentário: