quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Amor para a vida inteira


Cheguei!!! Nossa! Depois de passado quase um ano do início do nosso relacionamento, pude enfim ficar um pouco mais próximo de você, de sentir realmente seu coração um pouco mais perto.
Lembro-me como se fosse hoje, da primeira ligação: o meu “olá” tímido, as conversas ao telefone sempre à noite, a sua voz vibrante na notícia da nomeação do banco, as mensagens no celular... Houve um dia que contei trinta e uma. Putz!... As conversas sempre tão francas e abertas, onde relatávamos nossa vida, gostos, afinidades, atitudes diante das situações, os descaminhos, a coragem... Aqueles contatos iniciais foram marcantes e cheios de carinho, admiração e atenção... O nosso respeito recíproco pela vida um do outro.
A viagem até Abreu e Lima - terra até então desconhecida - foi tensa “pacas”. Recordo que na noite anterior não tinha dormido absolutamente nada de tanta ansiedade e já tinha deixado a mochila arrumada quatro dias antes da viagem. Escolhi as roupas indianas mais bonitinhas que tinha, as saias, sandálias de couro e algumas poucas blusas.
Pois bem, no ônibus, aquele tumulto típico de carnaval, onde as pessoas entusiasmadas faziam o maior auê no caminho: batuques, canções e, junto àquela festa, meu coração embalado, parecia explodir.“Ainda falta muito tempo? Tem certeza que esse ônibus tem parada obrigatória em Abreu e Lima?” Perguntava à moça ao lado. “Quando estiver próximo, por favor não deixe de me avisar.”
Olhava atentamente a paisagem pela janela e pensava a todo instante: “será que Rodolfo me encontrará? O que irá pensar quando me vir?” O ônibus pára, e o motorista grita logo em seguida: - “Parada de Abreu e Lima!”Levantei trêmula, tensa pra caramba. Coloquei desajeitada a mochila nas costas e desci vagarosamente os degraus, olhando desconfiada e atenta para todos os lados. Quando menos espero, vi o sorriso aberto que me conquistou. Estava bem ali, um pouco mais à frente, me chamando para o tão esperado abraço e, logo em seguida, o longo e ofegante beijo, em meio àquele calor maravilhoso, naquela troca de energia e suores, sob os aplausos e olhares dos foliões que passavam.
Inesquecível, meu amor! Depois você gentilmente pegou minha bolsa e a colocou em seu carro. Fiquei tão nervosa naquele momento que as minhas pernas trêmulas não queriam obedecer.
No percurso até Olinda, enquanto você nos conduzia com seu jeito alegre e espontâneo, ia me deixando mais calma, embora a timidez, às vezes, quisesse falar mais alto...
Meu anjo, amor, neguinho... Cresço todos os dias junto a você; venço os meus medos e desafios ao seu lado; você preenche todos os espaços, segura a minha mão e me faz acreditar que pode ser possível. Nossas semelhanças na simplicidade, no gosto pelas várias manifestações de arte: cinema, literatura, teatro, orquestra sinfônica, música e cultura popular, nos unem ainda mais...Você me ajuda muito na criação da pequena Quetsia... Neste mês que estivemos aqui, só aumentou a certeza de que te quero sempre, te desejo, te amo! “Sempre é muito tempo, eu sei, mas quero assim mesmo...”
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