domingo, 30 de dezembro de 2007
Formato Mínimo
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Fest Aruanda
"Aruanda é o filme sobre a Paraíba que mais se tem conhecimento. O documentário cativou platéias de diversos lugares do Brasil e do mundo ao mostrar a realidade do sertão nordestino.
Aruanda é a melhor prova da validade, para o Brasil, das idéias que prega Glauber Rocha: um trabalho feito fora dos monumentais estúdios que resultam num cinema industrial e falso, nada de equipamento pesado, de rebatedores de luz, de refletores, um corpo a corpo com uma realidade que nada venha a deformar, uma câmera na mão e uma idéia na cabeça apenas. O que fazer? Aruanda o dizia.
Noronha e Vieira entram na imagem viva, na montagem descontínua, no filme incompleto. Aruanda, assim inaugura também o documentário brasileiro nesta fase do renascimento que atravessamos apesar de todas as lutas, de todas as politicagens de produção. Pela primeira vez, sentimos valor intelectual nos cineastas que são homens vindos da cultura cinematográfica para o cinema, e não do rádio, teatro ou literatura. Ou senão vindos do povo mesmo, com a visão dos artistas primitivos, criadores anônimos longe da civilização metropolitana, como no caso dos dois paraibanos".
JOÃO PESSOA-PB, TROPICAL HOTEL TAMBAÚ
sábado, 8 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
"Muitos me chamaram de aventureiro e o sou, só que de um tipo diferente: dos que entregam a pele para provar suas verdades."
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"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário."
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Não nego a necessidade objetiva do estímulo material, mas sou contrário a utilizá-lo como alavanca impulsora fundamental. Porque então ela termina por impor sua própria força às relações entre os homens."
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Che Guevara
Recomendo:
PARANOID PARK, o novo filme do diretor de “Elefante”, Gus Van Sant.
Van Gogh
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Liberdade
Valsinha
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Luz
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Amor de pai
Tenho observado, ao longo de nosso relacionamento, a atenção dispensada a seus queridos filhos Rodolfinho, Rapha e Rudy, como os chama carinhosamente.
Confesso ficar encantada com a sua maneira grandiosa e incrível de lidar e cuidar deles. O empenho e dedicação no trato com os problemas tentando solucioná-los da melhor forma possível. O diálogo sempre muito aberto e franco, proporcionando assim uma conversa sadia, onde não existe censuras e freios, fazendo com que fiquem à vontade para expor as situações do cotidiano.
Cada um deles herdou características distintas suas, mas quando juntas formam um todo maravilhoso. Rodolfinho é seu lado mais família, preocupado com a educação e conduta das filhas Duda e Luka, orientando sempre para o caminho do bem, dos bons modos e costumes. Rafael seria seu lado mais compenetrado, introspectivo, inteligente e disciplinado, dedicando-se ao máximo nas coisas que se propõe a fazer. Rodrigo é seu lado aventureiro, de descobertas, buscas e realizações. Todos valorizam as grandes e verdadeiras amizades.
Gostaria de relatar um caso que me despertou atenção, principalmente pelo fato de como você o encarou e levou “numa boa", apesar da barra que deve ter sido para a família... Foi a gravidez precoce de Roberta, sua nora, que na época tinha 15 anos de idade, fase de descobertas e inquietações. Você soube do fato de uma forma inesperada, pois naquele momento não sabia nem que Rodolfinho namorava... O dia de confraternização, onde as famílias estavam reunidas e que na ocasião Rodolfinho iria pedir a mão de Betoca em casamento e que na hora “H” ficou envergonhado e com medo, chegou até em determinado momento a deitar a cabeça em seu ombro, como que procurando forças no pai para iniciar o pedido tão significativo e que mudaria por completo sua vida. Lembro quando, emocionado, você me contou esse fato. É lindo ver o sentimento entre eles dois, hoje com duas filhas Maria Eduarda e Maria Luíza... esse equilíbrio é fruto da base que o pai proporcionou à família.
Nos encontros aos domingos em sua casa, regados de bastante alegria, abraços, beijos e emoções... O carinho como você prepara a comidinha japonesa, o churrasco, bifum ao curry entre outras coisas, e ainda, de quebra, a sobremesa mais saborosa que é a sua torta alemã. É uma festa familiar encantadora! É gratificante ver o seu entusiasmo no preparo de todos os detalhes, a sua preocupação com a casa, em receber bem os meninos, suas netinhas e o mascote da turma Guilherme ou Guila.
Não poderia deixar de falar também no filho Ivanildo, fruto de um relacionamento momentâneo, adolescente e de descobertas, mas nem por isso menos importante, pois foi através deste que gerou amadurecimento, um novo olhar, novos horizontes. Sua ajuda ao filho veio em um momento necessário, onde conseguiu proporcionar toda assistência, apoio e dignidade. Pena que os descaminhos o levaram para outra direção, essa sem retorno...chego a me emocionar quando lembro da forma como você relatou, desde o primeiro contato com ele, a força e participação de sua irmã Nenêm, o seu esforço para que ele se tornasse um cidadão de bem...até a ida sem volta...
Por fim, a mais nova filhota Quetsia, essa veio de mala e cuia e ainda soltando todos os traques ao amanhecer- rsrsrs. Me lembro quando ela comentou comigo, na entrada do shopping, as vésperas do dia dos pais, onde viu uma placa falando a respeito e disse: "Mainha, tio Dodô é o meu segundo pai, né? Agente tem que comprar um presente pra ele". Aquela atitude me tocou muito, porque foi uma conquista sua ao coraçãozinho dela. Desde o primeiro Pai, nunca mais se ouviu falar em tio... Esse amor é algo que me comove e mexe profundamente com os meus sentimentos de filha...essa foi uma forma que encontrei de demonstrar e expressar o quanto você é um cara que merece todo o reconhecimento, aplauso e estima. Parabéns por ser um pai tão presente e intenso.
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Amor para a vida inteira
sábado, 15 de setembro de 2007
Farândola
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Quintas com orquestra
É interessante a importância desses acontecimentos na vida da criança. A atitude e a preocupação dos pais é de uma grandiosidade inexplicável. Ao final da apresentação, meu pai, com sua calma tão peculiar, me chamou baixinho tocando suavemente no meu ombro: "Minha filha, acabou". Olhei assustada para os lados dizendo: Já?. Não conseguira ficar acordada até o final e acabei adormecendo...
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sexta-feira, 1 de junho de 2007
O Último Discurso
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progreso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos"!
Charles Chaplin
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Desabafo
Ao longo deste ano, na verdade, desde o lançamento do documentário "O Menino e Bagaceira" em outubro de 2004- até esta data ( 21 de novembro de 2005), nada de concreto foi feito no sentido da recuperação do meu pai, o ator Sávio Rolim.
Ai Se Sesse
Vítimas do Acaso
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Falando das Flores
Há alguns dias atrás, estava lendo sobre os muitos assuntos ligados à psicologia em geral, bem como sobre a psicologia nazista de Hitler, o que me chamou a atenção pela brutalidade do tratamento dos distúrbios atribuídos à mente humana e seus devaneios. Por um instante lembrei do meu pai e do tratamento no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, no qual o acompanhava nas consultas com uma psicanalista que o levava também para oficinas junto a pessoas com problemas mentais. Essas idas ao hospital, cerca de três vezes durante a semana, costumavam durar toda a manhã. Foi uma experiência muito forte, rica e intensa em minha vida. Observar o vai e vem daquelas vidas, perdidas, sem rumo nem expectativa, mexia muito comigo. Além disso, saber que aquela doença jamais teria cura, apenas um tratamento para amenizar a ansiedade e agressividade, com medicamentos que lhes dopavam e que lhes deixavam, na maioria das vezes, uns zumbis anestesiados.
Presenciei as diversas situações. Uma que me marcou muito, foi no dia em que acompanhei “papa” ao ambulatório para tratar de uma ferida no braço, devido a uma queda na escadaria da casa onde mora no centro da cidade. Quando chegamos ao local, a enfermeira cuidadosamente tratava o ferimento, fazendo assepsia, colocando remédios e curativos. A enfermaria ficava próxima à ala dos pacientes mais nervosos, e era fechada por grades, prevenindo assim, da entrada dos pacientes que, aos poucos, foram se aproximando, falando alto, fazendo perguntas, pedindo dinheiro e chamando pela mãe. Muitos ficavam acariciando o sexo, outros chegavam a baixar as calças e me chamar, fazendo insinuações. A enfermeira de plantão, com sua experiência adquirida ao longo dos anos, conversava com eles e comentava baixinho que não ficássemos assustados, pois, aquilo era normal. Fiquei tão atordoada com aquela situação que, a minha reação logo depois que deixei meu pai em sua casa, foi chorar compulsivamente. Sentei em um banquinho da praça mais próxima e fiquei a me questionar o "porquê" daquilo tudo.
Eu, que jamais pensara passar por isso na vida, me vi extremamente fragilizada por esses acontecimentos, mas, tinha que demonstrar força a meu pai que só tem a mim. É uma responsabilidade que aos poucos fui administrando. É o amadurecer antes do previsto. Sinto-me mais forte agora e também feliz, por saber que tenho forças para enfrentar todo e qualquer obstáculo. Esta vida é um aprendizado constante...
Sem mais delongas, pois não foi minha intenção me estender tanto... queria mesmo era falar sobre Freud e a mente humana, assunto que tem me interessado desde então. Quero aprender um pouco mais sobre meu pai e desfrutar do fascínio que sinto pela psicologia.