sábado, 17 de julho de 2010

Libação



Elisa Lucinda, sou fã !
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"A vida não tem ensaio

mas tem novas chances

Viva a burilação eterna, a possibilidade:
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores

Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!"
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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um Outro Olhar

Mutilação genital
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Diariamente são cerca de seis mil, as mulheres expostas a esta prática. Por ano, são perto de dois milhões. Mais de 135 milhões de mulheres já sofreram uma das três formas de mutilação conhecidas.

Tipos de Mutilação Genital

Clitoridectomia: Trata-se do corte total ou parcial do clitóris

Excisão: Corta-se o clitóris e os lábios menores total ou parcialmente.

Infibulação: Todos os genitais externos são cortados e cose-se, quase na totalidade, o orifício vaginal.

Geralmente, a mutilação é praticada em meninas entre os quatro e os oito anos de vida, mas também pode ocorrer depois da primeira gravidez.

A ferramenta usada para este tipo de “cirurgia” vai desde um pedaço de vidro, à tampa de uma lata, uma tesoura ou uma navalha. Na infibulação usam-se espinhos para juntar os lábios vaginais maiores e as pernas podem permanecer amarradas durante 40 dias. Geralmente, a pessoa que efectua a operação não é clinicamente apta para a fazer e é significativo o número de mulheres que morrem durante e após a operação.

Dor, hemorragias e ferimentos na zona do clitóris e dos lábios são alguns dos efeitos imediatos. Depois há o risco de infecções urinárias crónicas, abcessos, pedras na bexiga e na uretra, obstrução do fluxo menstrual e cicatrizes proeminentes. A primeira relação sexual só é possível depois da dilatação gradual e dolorosa da abertura que resta. O tecido cicatricial pode ser rasgado no parto.

A Mutilação Genital Feminina é prática comum na África e em alguns países do Médio Oriente. Também está presente em muitas das comunidades de imigrantes em países latino-americanos, asiáticos, europeus e americanos.

Esta prática está associada à castidade e à crença de que diminui o desejo sexual e reduz o risco de infidelidade. Na infibulação, por exemplo, a mulher costurada, só é aberta para o marido.

É desconhecida a origem da mutilação. Precedeu o cristianismo e o islamismo. Era praticada pelos “falashas”, judeus etíopes. Não é ritual de nenhuma das chamadas grandes religiões.

A violência contra as mulheres é uma realidade antiga, mas, ao contrário de outros grupos oprimidos, as mulheres raramente têm recorrido à violência para afirmação dos seus direitos.