Escrever sobre Irah Caldeira de maneira imparcial é tarefa que eu não aceito. Ela desperta em mim os melhores dos sentimentos, e por isso permito que fluam livremente.
Ao escutar este novo CD, a primeira palavra que me veio para defini-lo foi: COMPLETO.
Escutei cabo a rabo. Senti-me leve, Renovada. Por vezes, fiquei pensativa, refletindo sobre os possíveis caminhos da vida e o rumo que decidimos tomar.
Abri aquela velha caixa de memórias que a gente guarda no porão da alma e garimpei meus tesouros, sem o menor receio, bulindo ali, no que havia de mais escondido em mim, para o momento seguinte pensar apenas em dançar.
São dezesseis faixas e, em todas, nos reconheceremos. Seja pra ter saudade, dançar, roer, agradecer ou encontrar coragem de recomeçar. Sua música não passará despercebida por nossa alma.
Assim, Irah se torna íntima de nossa essência, desvendando cada vez mais nossos mistérios. Sua arte nos toca onde só as mais puras e belas canções podem nos alcançar e com simplicidade traduz o que há de mais complexo em nós.
Feito uma criança que acredita plenamente na beleza e no amor, fecho os olhos como em dia de aniversário e desejo que a trilha sonora da minha vida seja sempre embalada por suas canções. E com os olhos ainda fechados, deixo que o corpo se entregue suavemente, girando compassadamente no ritmo da doce voz que canta um pouco de todos nós. Pouco não! Há muito de nós aqui e a alma agradece!
Como já confessei, nada há de imparcial em minha opinião. Rendo a Irah todos os elogios e defendo sua arte, cheia de verdade e coragem, com toda minha paixão. Defendo, por acreditar na beleza de sua história. Defendo, por ser fã da grande mulher em que minha mãe se tornou,
Simples assim. SEM SEGREDO!
Carol Caldeira/ Filha e produtora de eventos.
