quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Amor de pai


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Tenho observado, ao longo de nosso relacionamento, a atenção dispensada a seus queridos filhos Rodolfinho, Rapha e Rudy, como os chama carinhosamente.

Confesso ficar encantada com a sua maneira grandiosa e incrível de lidar e cuidar deles. O empenho e dedicação no trato com os problemas tentando solucioná-los da melhor forma possível. O diálogo sempre muito aberto e franco, proporcionando assim uma conversa sadia, onde não existe censuras e freios, fazendo com que fiquem à vontade para expor as situações do cotidiano.

Cada um deles herdou características distintas suas, mas quando juntas formam um todo maravilhoso. Rodolfinho é seu lado mais família, preocupado com a educação e conduta das filhas Duda e Luka, orientando sempre para o caminho do bem, dos bons modos e costumes. Rafael seria seu lado mais compenetrado, introspectivo, inteligente e disciplinado, dedicando-se ao máximo nas coisas que se propõe a fazer. Rodrigo é seu lado aventureiro, de descobertas, buscas e realizações. Todos valorizam as grandes e verdadeiras amizades.

Gostaria de relatar um caso que me despertou atenção, principalmente pelo fato de como você o encarou e levou “numa boa", apesar da barra que deve ter sido para a família... Foi a gravidez precoce de Roberta, sua nora, que na época tinha 15 anos de idade, fase de descobertas e inquietações. Você soube do fato de uma forma inesperada, pois naquele momento não sabia nem que Rodolfinho namorava... O dia de confraternização, onde as famílias estavam reunidas e que na ocasião Rodolfinho iria pedir a mão de Betoca em casamento e que na hora “H” ficou envergonhado e com medo, chegou até em determinado momento a deitar a cabeça em seu ombro, como que procurando forças no pai para iniciar o pedido tão significativo e que mudaria por completo sua vida. Lembro quando, emocionado, você me contou esse fato. É lindo ver o sentimento entre eles dois, hoje com duas filhas Maria Eduarda e Maria Luíza... esse equilíbrio é fruto da base que o pai proporcionou à família.

Nos encontros aos domingos em sua casa, regados de bastante alegria, abraços, beijos e emoções... O carinho como você prepara a comidinha japonesa, o churrasco, bifum ao curry entre outras coisas, e ainda, de quebra, a sobremesa mais saborosa que é a sua torta alemã. É uma festa familiar encantadora! É gratificante ver o seu entusiasmo no preparo de todos os detalhes, a sua preocupação com a casa, em receber bem os meninos, suas netinhas e o mascote da turma Guilherme ou Guila.

Não poderia deixar de falar também no filho Ivanildo, fruto de um relacionamento momentâneo, adolescente e de descobertas, mas nem por isso menos importante, pois foi através deste que gerou amadurecimento, um novo olhar, novos horizontes. Sua ajuda ao filho veio em um momento necessário, onde conseguiu proporcionar toda assistência, apoio e dignidade. Pena que os descaminhos o levaram para outra direção, essa sem retorno...chego a me emocionar quando lembro da forma como você relatou, desde o primeiro contato com ele, a força e participação de sua irmã Nenêm, o seu esforço para que ele se tornasse um cidadão de bem...até a ida sem volta...

Por fim, a mais nova filhota Quetsia, essa veio de mala e cuia e ainda soltando todos os traques ao amanhecer- rsrsrs. Me lembro quando ela comentou comigo, na entrada do shopping, as vésperas do dia dos pais, onde viu uma placa falando a respeito e disse: "Mainha, tio Dodô é o meu segundo pai, né? Agente tem que comprar um presente pra ele". Aquela atitude me tocou muito, porque foi uma conquista sua ao coraçãozinho dela. Desde o primeiro Pai, nunca mais se ouviu falar em tio... Esse amor é algo que me comove e mexe profundamente com os meus sentimentos de filha...essa foi uma forma que encontrei de demonstrar e expressar o quanto você é um cara que merece todo o reconhecimento, aplauso e estima. Parabéns por ser um pai tão presente e intenso.
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