sábado, 10 de maio de 2008

Arthur da Távola - Um Homem Chamado Generosidade




Na beleza das tardes de domingo conheci Arthur, por intermédio do querido Rodolfo, que sempre teve essa preocupação em apresentar-me coisas e ou pessoas interessantes, que têm algo a acrescentar de alguma forma. Seja na política, cultura, música, esporte etc etc...


O primeiro contato foi marcante, tratava-se de uma pessoa com olhar doce, sorriso aberto, jeito manso... expressivo e, espontaneamente, inteligente. Geralmente costumava assistir suas aulas com muita atenção, onde aprendi a gostar ainda mais da música clássica, sem o medo de outrora. Arthur deixava-me à vontade e aos poucos fui tendo a clareza que todos podem ter acesso, basta apenas que haja um trabalho educacional nesse sentido.


Através da generosidade de Arthur em dividir com seu público toda a sua experiência em música erudita, conheci a Orquestra Filarmônica de Berlim, como também nomes de peso no cenário da música clássica, tais como a violinista Sarah Chang, o maestro Seiji Ozawa, e o pianista Vassily Pavlovich Lobanov. Sentia na forma como explicava, a singularidade de cada movimento, a emoção da orquestra, o esplendor dos músicos e o entusiasmo da platéia.


Soube a pouco que "da Távola" partiu. Recebi a notícia com lágrimas nos olhos, por saber tamanho significado desse homem na arte, a maestria e amor pela música. Mas é certo que o seu legado permanecerá e os frutos de sua dedicação viverão nos corações de todas as pessoas que acompanharam seu trabalho.


Me despeço do texto com a frase que costumava encerrar seu programa:

"Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão.”